Escola Milton

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Projeto Democracia

Agradecemos a todos os alunos que participaram efetivamente do Projeto Democracia, que culminou com o processo de escolha para eleger o representante dos estudantes, numa rara demonstração de cidadania dentro do espaço escolar que com certeza refletirá na formação de cidadãos críticos e consciente.
















quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mensagem do dia

Aqui  não se compete, se trabalha...
Aqui não se cria, se vivência...
Aqui ninguém se acha, se procura...
Aqui ninguém é perfeito, é artista...
Aqui ninguém inveja, corre atrás...
Aqui nada se copia, tudo se transforma,
Somos sempre aquilo que queremos ser.
Nunca se esqueça de quem você é... e lembre-se: 
"O que  a brisa leva volta com o vento"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não é possivel refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.

Paulo Freire

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mensagem do dia

 Determinação coragem e auto confiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuidos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentemente das circustancias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho. Dalai Lama

Sala da prof Josilene

Alunos concentrados na  Aula de informática !!!














terça-feira, 7 de setembro de 2010

INDEPENDENCIA DO BRASIL 7 DE SETEMBRO

Lelê às margens plácidas

  • Lelê às margens plácidas
Neste domingo, o meu avô fez duas coisas legais: uma foi que ele me deu uma espada de Darth Vader (que tem uma luz vermelha que é que nem se fosse um raio laser). E a outra foi que ele me levou para no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Lá tem um monte de coisa legal, mas do que eu gostei mais foi de um quadro que é bem grandão. Todo mundo estava em cima de uns cavalos, com uns uniformes brancos e uns capacetes com uns trecos vermelhos.


O meu avô estava começando a me explicar que aquilo ali era o tal grito do Ipiranga quando eu ouvi um barulho estranho.


"Escutou isso, vô?"


"Escutei. Acho que o ar condicionado está com defeito", ele respondeu.


Mas aí eu senti um cheiro ruim e falei:

"Que nada! Foi o senhor que soltou um pum!"

"Eu?! Imagina, Lelê... Você está ouvindo coisas."

"Ouvindo, não, cheirando!?" eu respondi.


Então aquele fedorzão entrou pelo meu nariz e eu comecei a ficar meio tonto. Até fechei os olhos para ver se passava. Só que, quando eu abri eles de novo, eu já não estava no museu. Estava montado num burrico. E em cima de outro jumento, ali do meu lado, tinha um homem que eu nunca tinha visto antes.


"Quem é você, eu perguntei"?


"Francisco Gomes da Silva, mas pode me chamar de Chalaça."


"Eu sou o Leocádio, mas pode me chamar de Lelê."


"Muito bem, senhor Lelê."


"Para onde a gente está indo?", eu perguntei pra ele.


"Para São Paulo. É só seguir este riacho chamado Ipiranga que chegaremos lá."


"Não era mais rápido pegar um ônibus?", eu falei pra ele.


"Ônibus? Nunca ouvi falar.", ele me respondeu


"Nunca? Xi..., já vi tudo... Em quando é que a gente está?"


"Em quando? Ora, no dia sete de setembro de 1822"


"Caramba, dessa vez o meu avô caprichou no pum de pirlimpimpim!"


"No o quê?, o tal do Chalaça me perguntou.


"Um pum mágico que o meu avô..., ah, deixa pra lá."


Aí eu olhei em volta e vi que tinha uma turma montada nuns outros burricos, todo mundo com umas roupas marrons, bem feias. E do lado do Chalaça tinha um cara com uma roupa melhorzinha. Ele usava uma barba preta e fazia uma cara estranha, igual que nem eu faço quando estou com dor de barriga. Então o Chalaça perguntou para ele:


"O jantar de ontem não vos caiu bem, Dom Pedro?"


"Aquela carne de porco com feijões pretos está a me matar", o cara respondeu.

"Acho que vou aos matos aliviar-me."

Então ele desceu do burrico e entrou atrás duns arbustos que ficavam na beira do riacho. Todo mundo parou para esperar Dom Pedro. Mas aí, enquanto ele estava fazendo alguma coisa lá no mato, chegou um cara correndo num cavalo. Ele foi até o Chalaça e disse:


"Sou o mensageiro Paulo Bregaro e trago cartas urgentíssimas para o Príncipe-Regente."


"Da parte de quem?"


"Da princesa Dona Leopoldina e de José Bonifácio."


Nessa mesma hora apareceu D.Pedro arrumando as calças, e aí foi ver o que eram aquelas cartas. Depois de ler tudo, ele fez uma cara de bravo e jogou as cartas no chão.


"O que dizem estas folhas, senhor?", perguntou o Chalaça.


"Elas dão contas das últimas decisões da corte portuguesa em relação ao Brasil. Querem me destituir do cargo de príncipe-regente, tirar-me o poder de nomear ministros e ainda me ameaçam, dizendo que há uma tropa de sete mil praças a caminho."


"E o que o senhor vai fazer?", eu perguntei.


"O que tem que ser feito", ele respondeu. Vou obedecer ao rei, meu pai, e voltar para Portugal."


Aí eu pensei que, se ele não proclamasse a independência, não ia mais ter feriado no dia sete de setembro. Então eu disse:


"De jeito nenhum! O senhor tem que proclamar a independência do Brasil! Chega de obedecer o seu pai. Você já é grande demais!"


Ele pensou um pouco e disse: "Tens razão!"


Daí ele subiu no jumento, foi até o meio do pessoal, arrancou uns laços que estavam na roupa dele e gritou:


"Laços fora, soldados!"


Todo mundo arrancou os laços da roupa. Eu não tinha nenhum, mas para não ficar chato eu arranquei um botão da minha camisa.


Então D.Pedro fez um discurso que foi meio assim:


"Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil!"


Depois ele se virou para o lado em que eu estava, apontou a espada para o céu e gritou:


"INDEPENDÊNCIA OU MORTE!"


Todo mundo ficou olhando para ele sem saber o que fazer, mas aí, como eu já tinha visto aquele quadro no museu, eu levantei a minha espada de Darth Vader e gritei: "Independência ou morte!"


E aí todo mundo me imitou, levantando a espada e gritando: "Independência ou morte!"


Foi maior legal! Pena que justo nessa hora passou o efeito do pum de pirlimpimpim e eu voltei para o museu.


O meu avô, que não percebeu nada, continuava falando: ".. e é por isso que o quadro do Pedro Américo é tão importante, por mostrar como foi o Grito do Ipiranga."


"É, mas não foi bem assim, não", eu disse. E continuei: "O pessoal estava nuns burricos, a roupa não era tão bonita e o Dom Pedro estava com dor de barriga."


"Bom, tem uns historiadores que falam isso mesmo."


"E também tinha um garoto com uma espada de Darth Vader."


"Como é que é?", meu avô me perguntou.


"Nada, nada.."


http://criancas.uol.com.br/historias/texto/lele-as-margens-placidas.jhtm